⇤ Walking on the pilgrimage roads
Pilgrimage Notes
Imagery was also a privileged form of art in the Romanesque period and fulfilled the aforementioned pedagogical function. The images include decorative motifs whose themes include fantastic beings, plant elements, representations of people's daily lives, and religious scenes.
The iconographic scheme of this tympanum is characteristic of the tympanums built in the 12th century, which centre on the theme of the Last Judgement.
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It was in an environment of fear that the militant church and the pilgrim monastery developed, on the one hand as a result of the second phase of Christianisation and the demographic increase, which led to an increase in the number of believers, and on the other because of the fears that were instilled in the population. In addition, the monk's church (Benedictine Order), which establishes a dialogue with God, also works on behalf of charity and protection for the poor and pilgrims, defending the plastic arts, whose function in the Middle Ages was the representation of sacrifice to please God, in other words, a symbolic art at the service of a higher idea.
Most pilgrimage churches were built during the period when the Romanesque style flourished. The walls are built of masonry (small stone) and feature characteristic architectural elements such as blind arcades (a set of simulated arches - protruding - as an integral part of a wall), which rhythm the floors; Lombard bands with slightly protruding pilasters (which are vertical bands found on the walls of buildings and walls, apses or belfries) and towers, also known as belfries, which are the origin of the towers of medieval churches, whose function is essentially symbolic and functional (bell tower). Simple in structure, most of them have a circular or quadrangular plan (crossing tower) with blind arcades. The towers are usually located on the façade or in the transept of the building. Generally speaking, it is safe to say that the whole external appearance of the building suggests excellent simplicity.
The interior of pilgrimage churches, unlike the exterior, is more decorative and architecturally rich. However, in the Cistercian churches of the 12th century, influenced by St Bernard of Clairvaux, founder of the Order, the lack of decoration on the interior walls, devoid of any paintings, emphasised the coldness of the stone construction. In other churches of this period, colour and shapes dominated the interior space, where paintings, capitals and tympanums played a doctrinal role. Through these works, those who could not read could be taught, and they also contributed to reflection on events that were difficult to explain, such as death or phenomena that were considered supernatural at the time.
However, painting disappeared over time, and today, its remains are scarce or have deteriorated significantly, preventing us from having a more rigorous knowledge of the role of painting and its flat, linear compositions, which would have been for the doctrine of medieval men.
Imagery was also a privileged form of art in the Romanesque period and fulfilled the aforementioned pedagogical function. The images include decorative motifs whose themes include fantastic beings, plant elements, representations of people's daily lives, and religious scenes.
Regarding the themes dealt with in the sculptural decoration of churches, we begin by observing that Romanesque art, until the 12th century, mainly used episodes from the Old Testament, while Gothic art favoured the New Testament.
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É num ambiente — de medo — que se desenvolve a igreja militante e o mosteiro do peregrino, por um lado, fruto da segunda fase de cristianização e do aumento demográfico, que gera um acréscimo de fiéis e, por outro lado, pelos medos que eram incutidos às populações. Além disso, a igreja do monge (Ordem Beneditina), que estabelece o diálogo com Deus, também desenvolve um trabalho em prol da caridade e protecção aos pobres e peregrinos, defendendo igualmente as artes plásticas, cuja função na Idade Média é a representação do sacrifício para agradar a Deus, ou seja, uma arte simbólica ao serviço de uma ideia superior.
As igrejas de peregrinação foram edificadas, na sua maioria, durante o período de florescimento do modo românico. As paredes são construídas em alvenaria (pedra miúda) e apresentam como elementos arquitectónicos característicos arcadas cegas (conjunto de arcos simulados — em saliência — como parte integrante de uma parede ou muro), que ritmam os andares; bandas lombardas com pilastras pouco salientes (que são faixas verticais que se encontram nas paredes dos edifícios e muros, nas absides ou nos campanários) e torres, também designadas como campanário, que estão na origem das torres das igrejas medievais, cuja função é essencialmente simbólica e funcional (torre sineira). De estrutura simples, apresentam na sua maioria uma planta circular ou quadrangular (torre de cruzeiro) de arcadas cegas. As torres localizam-se normalmente na fachada ou no transepto do edifício. De uma forma geral, é seguro dizer que toda a aparência externa do edifício sugere grande simplicidade.
O interior das igrejas de peregrinação, ao contrário do que se verifica no exterior, apresenta uma maior riqueza decorativa e arquitectónica. No entanto, nas igrejas cistercienses do século XII, influenciadas por São Bernardo de Claraval, fundador da Ordem, dada a ausência decorativa nas paredes interiores, despidas de quaisquer pinturas, acentuava-se a frieza da construção em pedra. Noutras igrejas desta época, a cor e as formas dominavam o espaço interior, onde as pinturas, os capitéis e os tímpanos tinham um papel doutrinal. Através dessas obras podia-se ensinar os que não sabiam ler, contribuindo ainda para a reflexão sobre acontecimentos difíceis de explicar, como a morte ou os fenómenos considerados sobrenaturais nessa época.
No entanto, a pintura foi ao longo do tempo desaparecendo e hoje o seu vestígio é escasso ou deteriorou-se significativamente, impedindo-nos de ter um conhecimento mais rigoroso do que teria sido o papel da pintura e das suas composições planas e lineares para a doutrina dos homens medievais.
Também a imaginária constituiu uma forma privilegiada de arte no período românico e assume a já referida função pedagógica. As imagens compreendem motivos decorativos cuja temática inclui seres fantásticos, elementos vegetalistas, representações do quotidiano da vida das pessoas, bem como cenas religiosas.
No que diz respeito aos temas tratados na decoração escultórica das igrejas, começamos por observar que a arte românica, até ao século XII, recorre principalmente aos episódios do Antigo Testamento, enquanto a arte gótica terá preferência pelo Novo Testamento.