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Academic Research

From the memory of the objects to the memory of the body

  • The starting point of this thesis is already mixed up with our way of reflecting on and investigating a topic that is personally sensitive to us. The centre of the thesis is to think about the body's memory based on the memory of places, objects, movements, sounds and smells, and the metaphor of words. We decided to approach the subject using our theoretical and artistic horizons, articulating them from the theoretical point of view. In other words, lived events motivate this project, resulting in the possibility of keeping them present in a memory that can be thought of simultaneously from the side of the body and objects through constructed visual images. The aim is to test the idea within the horizon of Contemporary Art in a double sense: to see if what has been thought of has already been wholly thought of and if there is anything left of what has been thought of that can be observed, demonstrated, through experimental tests that may only become visible in the art space. These two points of view reinforce a theoretical frontier between Philosophy and Contemporary Art, between the reflections and work of philosophers, researchers, and artists with our own visual essay. At the centre of this project, which aims to situate itself in places of conceptual and artistic interception, is an investigation into the idea of the body, the incarnate connection to objects and the spatial experience of memory.

    When we think of memory from the body, the passage of time seems to be distorted because the body remembers the past, as if the "Once"[1] were present, as if that body were still "speaking" to my body in the present. The dialogue between the body and the objects alters time and thus also alters any personal history. In a hanging garment, you can perceive presence in absence. The body that "completes" the jacket is experienced "in my body" as an atmosphere that announces this presence. The habits of the body, inscribed in objects and atmospheres, are what complete the memory of the body. We will explore this enigma theoretically and investigate it in our visual essays. In this way, from a few lines, shadows and stains, it is possible to construct an idea that will initiate the research project we intend to carry out.

    Keywords: Habit, repetition, variation, objects, atmospheres, body, memory.

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    [1] On the concept of "Once", see quote from Walter Benjamin, p.40.

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  • O ponto de partida desta tese já está misturado com o nosso modo de reflectir e investigar um tema que em termos pessoais nos é sensível. O centro da tese é pensar a memória do corpo sedimentada na memória dos lugares, dos objectos, dos movimentos, dos sons e cheiros, na metáfora das palavras. Decide-se abordar o tema recorrendo ao nosso horizonte teórico e artístico, articulando-os a partir da parte teórica. Ou seja, o que motiva este projecto são acontecimentos vividos, resultando a possibilidade de os manter presentes numa memória que pode ser pensada simultaneamente pelo lado do corpo e dos objectos, através de imagens visuais construídas. Pretende-se testar a ideia num horizonte da Arte Contemporânea, num duplo sentido: ver se o que foi pensado já foi completamente pensado e se daquilo que foi pensado ainda resta alguma coisa para ser observado, demonstrado, através de ensaios experimentais que eventualmente só no espaço da arte passem a ser visíveis. Estes dois pontos de vista reforçam verdadeiramente um lugar de fronteira teórico entre a Filosofia e a Arte Contemporânea, entre as reflexões e trabalhos de filósofos e investigadores e de artistas com o nosso próprio ensaio visual. No centro deste projecto, que se pretende situar em lugares de intercepção conceptual e artística, investiga-se a ideia de corpo, a ligação incarnada aos objectos e a vivência espacial da memória. Quando pensamos na memória a partir do corpo, a passagem do tempo parece distorcer-se, porque o corpo recorda o passado, como se o “Outrora”[1] fosse presente, como se esse corpo continuasse a “falar” ao meu corpo no presente. O diálogo entre o corpo e os objectos altera o tempo e, assim, também altera qualquer história pessoal. Numa peça de roupa pendurada percebe-se a presença em ausência. O corpo que “completa” o casaco é vivido “no meu corpo” como uma atmosfera que anuncia essa presença. Os hábitos do corpo, inscritos nos objectos e atmosferas, são o que completa a memória do corpo. É este enigma que exploraremos teoricamente e investigaremos nos nossos ensaios visuais. Deste modo, julgamos ser possível, a partir de algumas linhas, sombras e manchas, construir uma ideia que inicie o projecto de investigação que se pretende realizar.

    Palavras-chave: Hábito, repetição, variação, objectos, atmosferas, corpo, memória.

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    [1] Sobre o conceito "Outrora", vide citação de Walter Benjamin, p.40.

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